sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Boas Festas e Bom Ano Novo

Aqui deixo a todos os leitores o meu poema de Natal:

Outra Infância

Quer seja na abundância descarada,
Quer seja na carência atribulada,
O Natal expõe-se,
Tem sempre um rosto,
Uma expressão, um som.

Quer passe intensa a febre construtiva,
Quer fique a pele em causa restritiva,
O Natal impõe-se,
Tem sempre um ventre,
Um coração, um dom.

Sobrem lixos ou luxos dos ofícios,
Variem os prazeres ou os sacrifícios,
O Natal provoca,
Implica a história,
O caso, a circunstância.

Por entre guerras loucas de razão,
Por sobre reis e réus de opinião,
O Natal convoca
A nossa humanidade
A Outra Infância.

Com os votos de Boas Festas e Próspero Ano Novo.
José Machado e Albertina Fernandes
Braga, 2007

Sem comentários: