segunda-feira, 30 de junho de 2008

Provas de aferição - Português

Vamos lá a ver: dos 298 alunos do 6º ano que tinham de fazer a prova, fizeram-na de facto 293, os outros faltaram justificadamente; dos 293, 20 obtiveram nível A, 125 nível B, 135 nível C, 12 nível D, o nível E; falta um aluno, mas não sei onde estará. Pela qualidade da prova, no que se refere ao 6º 1, eu, professor de português, esperava mais alunos com nível A, e mais alunos com nível B; aliás os que obtiveram nível C tinham capacidade para o nível B; ninguém obteve níveis não satisfatórios o que demonstra a acessibilidade da prova. A maioria dos alunos (15) obteve nível C. Só houve um nível A na turma, mas podia haver pelo menos mais 6. Portanto os resultados nesta turma ficaram aquém das minhas expectativas, o que comprova duas coisas: a)os factores de distracção e de precipitação podem ter sido elevados, o que vai ao encontro do clima de precipitação que a turma demonstrou ao longo do ano; b) o tipo de prova requeria concentração e raciocínio, mas também apuramento pessoal da produção de texto, o que pode ter sido resolvido pelo lado da facilidade imediatista. Eu não deduzo pelos resultados que a turma é homogénea, antes pelo contrário. Há alunos que beneficiarão se mudarem de turma, se tiverem de reorganizar a sua forma de estudo, de relação e de intervenção em sala de aula noutra turma. Os alunos precisam de alterações nas suas vidas, precisam de ser desafiados a resolver problemas. Se continuarem todos juntos, «viciam-se» numa forma de ser e de estar em que os mais dotados na comunicação beneficiam, mas acabam por se prejudicar e por prejudicar os outros. José Machado, professor de Português.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro professor José Machado, o seu artigo, além de muito oportuno e útil, advoga uma "filosofia" de relacionamento e de vida com a qual estou plenamente de acordo.

Os bons desafios são essenciais para o crescimento saudável e aberto dos jovens. A manutenção de estruturas "viciadas" e viciantes têm, normalmente, efeitos nefastos no desenvolvimento dos alunos.

Boas férias e continuação de bom trabalho!